Faço parte da CIELO, e agora?
Psicóloga Clínica
Saber que seu filho (a) faz parte de uma instituição para crianças especiais não é fácil para nenhuma família. Ao receber o diagnóstico de que a criança tem ou pode ter uma limitação intelectual, gera angústia para grande parte das famílias. No início, as famílias sentem dúvidas, culpa, insegurança e até depressão. Têm dificuldade para aceitar o diagnóstico e até mesmo de seguir as orientações oferecidas pelas terapeutas, pois realizar as orientações é aceitar que seu filho (a) necessita de cuidados especiais. Algumas famílias se preocupam com o agir e pensar dos outros, inclusive de como seu filho (a) será visto pela sociedade e como será seu futuro.
É comum que as famílias tenham esta instabilidade emocional, e por isso a Psicologia tem um papel muito importante no acolhimento. Para que a criança não se sinta negada ou culpada pelas tristezas da família, a família deve passar por um acolhimento psicológico para se sentir mais segura, tirar as dúvidas, se fortalecer para enfrentar as barreiras que irão aparecer, e proporcionar ao seu filho (a) uma qualidade de vida independente de suas limitações. A inclusão começa em casa, no lar, e a família deve ser o exemplo da “inclusão no coração”.
A psicologia ampara as famílias e busca proporcionar ao usuário estabilidade emocional e qualidade de vida. Ao longo de sua vida a criança irá enfrentar muitas barreiras, inclusive preconceito e bullying na escola, e por isso a família deve estar sempre preparada para ajudar e enfrentar estas barreiras junto ao seu filho (a), e a Psicologia estará sempre disponível para ajudar ambos.
É importante ressaltar que a família deve ajudar seu filho (a) a ter mais independência dentro de suas limitações. Ter uma limitação não significa que a criança não tenha outras habilidades, e muitas vezes as famílias agem dessa maneira, colocando a criança no papel de totalmente dependente, o que causa um sentimento de incapaz na criança. Com isso, a psicologia também tem a função de orientar os pais sobre a importância da estimulação nesta primeira infância, a qual faz toda a diferença no desenvolvimento neuropsicomotor da criança.
A criança quando cresce em um ambiente de afeto, amor, harmonia e carinho, não se deixa abalar por suas limitações. Sentir-se amado sempre será a essência de sua força e alegria. A criança é o que os pais querem que ela seja.
Paula Cristina Chiquetto
Psicóloga Clínica
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